Vinhos de Diamantina - MG

O vinho é a única bebida que aquece o corpo e a alma. Marcel Gomes, 38 anos, brasileiro, belorizontino, casado, gastrônomo, WSET2 - Wines & Spirits Certified, Sommelier Executivo e proprietario da Bacchus de Minas. Criador do perfil no Instagram @bacchusdeminas, idealizado para ajudar as pessoas a desburocratizar o mundo do vinho e quebrar paradigmas que o envolvem. Sou apaixonado pelo mundo da gastronomia e levo sempre as palavras de Cristina Brayner: " A arte culinária é a única que atua sobre os cinco sentidos, e a boa comida é aquela que mexe com você inteiramente, instiga sua mente, sua criatividade, enche os olhos e a boca, provoca sua percepção, leva você a lugares apenas imaginados. É harmoniosa, transparente e misteriosa, delicada e elegante. "

Em fevereiro, fui ao Encontro de Vinhos, feira que aconteceu em Belo Horizonte.

Para a nossa felicidade, estava um dia chuvoso, o que combina perfeitamente com vinhos.

O meu grande interesse na feira era conhecer novos produtores da nova região de vinhos finos de Minas Gerais (Diamantina).

Isso mesmo!

A região que mais produziu diamantes, hoje, está produzindo vinhos finos.

Em conversa com o Sr. João Francisco (produtor da Quinta d’alva) e com o Sr. Manoel Bueno (produtor da vinícola Buenos Momentos), fiquei sabendo que a região tem mais de 12 produtores cadastrados na associação de vinicultores de Diamantina, mas que apenas seis estão produzindo e somente quatro já estão em fase de vendas dos seus produtos. Esses quatro produtores estavam na feira apresentando suas vinícolas.

A primeira vinícola foi a Quinta do Campo Alegre.

Eles estavam com dois rótulos no estande. O primeiro que degustei foi o branco La Blanca, safra 2018.

Um vinho jovem que na boca mostrou uma boa acidez, equilibrado, sem álcool aparente. No nariz, traz maça verde, fruta cítrica como abacaxi e um amanteigado.

O outro rótulo foi o vinho tinto da uva Syrah, Dom Leon Alvarez, safra 2016.

Um vinho muito jovem, de cor Rubi que, no nariz, mostra frutas vermelhas frescas como morango, amora, pitanga, sem álcool aparente.

Na boca, mostrou taninos ainda agressivos, acidez equilibrada e sem álcool aparente. Acho que ele deveria descansar um pouco mais antes de ir para o mercado. É um vinho que tem um grande potencial para guarda.

 

A segunda vinícola foi a Quinta da Matriculada que estava com o seu vinho tinto da uva Syrah, o Vin de Minas, safra 2016, de cor rubi intensa.

No nariz, mostrou frutas vermelhas como morango, ameixa, amora e sem álcool aparente. Na boca, ele se mostrou um vinho jovem, potente, de corpo mediano, acidez equilibrada, álcool não aparente. Um vinho já pronto para o consumo, mas se guardado de dois a três anos vai mostrar mais o seu potencial.

 

A terceira vinícola foi a Quinta d’Alva que estava com três rótulos.

O primeiro foi o branco da uva Sauvignon Blanc, safra 2016, que me surpreendeu. No nariz, ele mostrou abacaxi, um amanteigado, e a surpresa que foi o perfume de uma fruta típica do cerrado, o cajá manga. Na boca, ele se mostrou refrescante, cítrico, com acidez equilibrada e a presença do caja manga também no gosto.

O segundo rótulo foi o vinho tinto da uva Syrah, safra 2012. Um vinho maduro que se mostra em sua plenitude.

De cor rubi com as bordas atijoladas, ele mostrou, no nariz, a presença de frutas vermelhas maduras, como morango e ameixa, mostrou também um toque de groselha e um terroso, álcool não aparente. Na boca, acidez equilibrada, taninos equilibrados, sem álcool aparente, as frutas vermelhas aparecem, boa persistência. O terceiro vinho dessa vinícola era um vinho tinto da uva Cabernet Sauvignon, mas ele não estava para degustação no momento que estive no local.

 

A quarta vinícola foi a Buenos Momentos que levou um rótulo, o vinho tinto Ethos, da uva Syrah, safra 2016.

De cor rubi intensa, o Ethos traz, no nariz, frutas vermelhas maduras como morango, ameixa, amora, mostra um amadeirado, sem álcool aparente.

Na boca, mostra-se equilibrado, potente, de corpo médio, taninos redondos, acidez equilibrada, sem álcool aparente, frutas vermelhas, um toque amadeirado.

O vinho traz uma boa persistência na boca. Está pronto para beber, mas se guardado de cinco a sete anos ele chagará em sua plenitude, mostrando todo seu potencial.

Com essas impressões, continuo afirmando que os vinhos brasileiros têm muita qualidade e potencial. Temos que desburocratizar o vinho, quebrar paradigmas e preconceitos. Dê esse direito a você e garanto que vai se surpreender.

Quem tiver interesse em adquirir os vinhos degustados é só entrar em contato nas vinícolas. Abaixo deixarei os contatos:

Vinícola Buenos Momentos
Instagram: @buenosmomentosdiamantina / vinicolabuenosmomentos@gmail.com

Vinícola Quinta da Matriculada
Instagram: @vindeminas / quintadamatriculada1@gmail.com

Vinícola Quinta do Campo Alegre
Instagram: @quintadocampoalegre / lduartedeandrade@yahoo.com.br

Vinícola Quinta d’Alva
Saúde!

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Comments

  1. Caro Marcel,
    Muito bacana seus comentários e sua percepção!
    É mais um motivo para nos dedicarmos muito a cada dia para melhorarmos e para resgatarmos a vocação de Diamantina como importante produtora de vinhos do país e consolidarmos o enoturismo na nossa cidade!
    A safra 2018 dos tintos também vai surpreender com certeza.
    Abs
    Leonardo de Andrade – Quinta do Campo Alegre.

    1. Leonardo, eu que agradeço, estou sempre a disposição. É um orgulho ver os produtores do nosso estado se destacando com produtos de qualidade. Vamos caminhar juntos para o crescimento do enoturismo em Minas. Grande abraço.

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